Nesta obra, o Artista homenageia New York, pintando seus edifícios icônicos em um paralelo entre a Estátua da Liberdade e o Colosso de Rodes, inspirado na gravura de Maarten van Heemskerck, de 1570.
Na Cidade do Rio de Janeiro, o morro como Torre de Babel e o muro que divide realidades, do esplendor da Natureza aos perigos da força guerreira terra-cota, passando por Roger Waters e Salvador Dali, sob as bênçãos de esperança da Sadako e seus Tsurus.
A Cidade de São Paulo, com versões surreais do Masp, mesclado com o Monumento Às Bandeiras, tendo o Museu do Ipiranga ao fundo, em homenagem aos habitantes desta megalópolis.
Arquiteturas icônicas da Cidade de São Paulo, mescladas em cores, luzes e texturas, com o Teatro Municipal, os prédios da região do Viaduto Santa Efigênia, em contraste com a contemporaneidade da Ponte Estaiada.
Icônico, histórico, o Muro de Berlim, com as cotidianas crianças de Henri Cartier-Bresson e ele próprio na tela, juntamente com versões jovens do artista e de Pedro Bial, que aparece já adulto, como parte dos grafites que profetizam a queda, sob as bênçãos de paz dos Tsurus.
O Universo pede mil tsurus origamis em troca de cada desejo, que nesta obra, voa pelos céus da Cidade Fujiyoshida, no Japão, transbordando paz e esperança.
Henrique Vieira Filho – Artista Plástico e Psicanalista abre seu ateliê para expor suas telas recém-chegadas de New York, Roma e Vienna que retratam grandes metrópoles mundiaise psicanalisa a influência do meio sobre seus habitantes.
O pioneiro analista a demonstrar a importância das relações sociais na formação de nosso senso identitário foi Alfred Adler, cujas teorias influenciaram fortemente os principais ícones da escola norte-americana de psicanálise culturalista., incluindo o meio, a sociedade, a cultura em que o indivíduo se insere como fatores igualmente significativos.
As próximas páginas deste Artigo, de forma lúdica, transformam uma grande metrópole em “Cliente”, emprestando-lhe sentimentos e traumas, em duas sessões de Terapia, com técnicas de Aconselhamento e Arteterapia, por meio de uma divertida e surrealista situação imaginária.
Acontecerá na Saphira & Ventura Gallery, em São Paulo, ministrado pelo Artista Plástico e Psicanalista Henrique Vieira Filho, o workshop sobre “A Arte Como Terapia” onde o palestrante convida cada participante a experienciar as Artes Plásticas e Fotográficas como instrumentos de autoconhecimento e incremento na qualidade de vida.
O seu próprio Eu é transmutado em Arte e/ou utiliza deste como espelho do inconsciente, por meio da pintura, da fotografia e da teatralidade, retratando as mais variadas pessoas, em um crescente aprendizado sobre si mesmo.
Aplicável tanto na vida pessoal, quanto em atendimento profissional, a apreciação terapêutica da Arte ultrapassa a estética e a técnica, tornando-se uma vivência pessoal de grande significado emocional.
Com a participação especial do artista e arteterapeuta americano Neil Kerman.
Local: Saphira & Ventura Gallery – Alameda Lorena, 1756 – Jd Paulista – São Paulo, SP Data: 28/05/2018 – 2a feira Horário 17:00 as 19:30 – Entrada Franca Opcional quitado à parte: Jantar Vegano às 20:30, no Bistrô Ópera Café. Informações: + 55 (11) 3061-2409 https://www.sympla.com.br/workshop—a-arte-como-terapia__288400
Sobre o Palestrante:
Henrique Vieira Filho é artista plástico, escritor, jornalista e terapeuta holístico. Nas artes, é autodidata e seu estilo poderia ser classificado como surrealismo figurativo.
Por mais de 25 anos, esteve à frente da organização da Terapia Holística no Brasil, sendo presença constante nos meios de comunicação. Elaborou as normas técnicas e éticas da profissão, além de ser autor de dezenas de livros e centenas de artigos, que são adotados como referência em vários países.
Henrique Vieira Filho Nas Artes:
Paralelamente, sempre fez questão de ilustrar pessoalmente suas publicações, traduzindo em imagens os mais diversos conceitos subjetivos relacionados às terapias orientais e à psicoterapia.
Contornando traumas de infância que não lhe permitem sujar as mãos de tinta, adotou a computação gráfica como seu pincel e a fotografia como formas de expressão.
Em 2015, recebeu um convite inesperado para compor um capítulo fotográfico sobre o tema “Diversidade e Miscigenação”, que foi lançado como livro, em Paris.
Para este trabalho, Henrique Vieira Filho utilizou-se da projeção de desenhos gráficos étnicos de variadas culturas sobre a pele de modelos femininos, sendo o resultado muito bem recebido junto à crítica especializada e público.
Instigado a ir além dos limites da fotografia, o artista ampliou a temática, aplicando pintura via computação gráfica e a finalização via impressão “fine art” (“giclée”).
Sua experiência de décadas como terapeuta, em especial, com a Psicanálise Junguiana, lhe possibilita uma familiaridade ímpar com a mitologia e as imagens oníricas, sempre presentes em seus quadros e fotografias.
As obras de Henrique Vieira Filho chamaram a atenção do mercado das artes, com exposições em diversas capitais brasileiras, além de galerias da Europa, Ásia e Estados Unidos.
Livros Publicados:
O Microcosmo Sagrado – O Segredo Da Flor de Ouro Para Saúde E Autoconhecimento
Marketing Para Consultórios de Terapia Holística
Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica
Florais de Bach – Fotos E Fatos
Tutorial Terapia HolÍstica
Fitoterapia Em Cinco Movimentos
Holopuntura – A Quintessência Da União de Técnicas
Psicoterapia Holística – Um Caminho Para Si Mesmo
O Corpo Como Portal Para O Autoconhecimento
Iridologia – Novos Rumos
Henrique Vieira Filho Na Terapia:
Na Terapia Holística, Henrique Vieira Filho atuou como jornalista e terapeuta que se dedicou por mais de 25 anos à normalização da profissão, gerenciando entidades como o SINTE – Sindicato dos Terapeutas, CRT – Conselho de Auto Regulamentação da Terapia Holística (ONG), dentre outras.
Apartidário, apolítico, é defensor da auto regulamentação profissional, onde as próprias categorias desenvolvem suas regras técnicas e éticas, criando Normas Técnicas Setoriais, de adesão voluntária, as quais são divulgadas publicamente para referência da sociedade, bem como detalhada aos profissionais por meio de literatura técnica.
Responsável direto pela implantação da Residência em Terapia Holística no Serviço Público de Saúde, onde comandou, em 11 cidades, as equipes para atendimento OFICIAL e gratuito à população com acupuntura, terapia floral, yoga, tai-chi-chuan, cromoterapia, fitoterapia, dentre muitas outras técnicas.
Henrique Vieira Filho Na Mídia:
Colaborou com entrevistas e consultorias para Jornal da Tarde, O Estado de São Paulo, Diário Popular,Revista Elle, Revista Cláudia, Revista Máxima, Revista Veja, Revista Planeta, Revista Capricho, Revista Contigo, Revista Saúde, Revista Boa Forma, Rádio Globo, Rádio Gazeta, Rádio Eldorado, Rádio Nova, TV Globo (Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, Fantástico, etc.), TV Gazeta (Telejornal, Mulheres, Manhã na Paulista), TV Record, SBT (Telejornal, Jô Soares Onze e Meia, etc.), TV Jovem Pan (Telejornal, Opinião Livre, etc.), TV Cultura, TV Bandeirantes, Rede Mulher, TV Rio
Henrique Vieira Filho homenageia a Cidade de São Paulo com uma série de crônicas e telas (pintura em técnica mista). Nesta divertida ficção, São Paulo está em sua SEGUNDA sessão de Terapia Holística (psicanálise, acupuntura, vivências, arteterapia, fototerapia…), culminando em que a cidade pinta seu autorretrato, como parte da arteterapia.
Cidade Diva No Divã
São Paulo Em Terapia – Segunda Sessão
FC – Ficha de Cliente – De acordo com a NTSV – TH 003
Henrique Vieira Filho – Terapeuta Holístico – CRT 21001
Nascimento: 25 de janeiro de 1554 (obs.: esta é a data oficial; a Cliente esclarece que o dia exato, nem ela lembra, mas que foi em 1520…)
Apontamentos:
Esta é a segunda sessão com minha nova Cliente, que é uma charmosa e hiperativa senhora quatrocentona…
Desta vez, trouxe uma foto nova para a ficha, onde uma de suas filhas a acompanha; creio que será uma boa pauta para Fototerapia…
Terapeuta:
_ Fale um pouco sobre a foto que escolhe para sua ficha.
Cidade:
_ Nem lembro se já te contei: eu tenho MILHÕES de filhos! Tanto os naturais, quanto os migrantes, amo-os sem distinção! Só que são tantos que nem dou conta… Aliás, é impossível encontrar uma foto em que esteja sozinha!
Terapeuta:
_ O que lhe chama a atenção nesta imagem?
Cidade:
_ Ah, essa menina! É uma exibicionista! E ainda tem mania de grandeza: se acha uma gigante, mesmo sendo pequenina… Deveria ser mais comportada, nesta idade! Não é mais uma jovenzinha!
Terapeuta:
_ Hum… Compreendo…
Cidade:
_ Até já sei o que está pensando! Esqueceu que já passei por psicanálise, antes? Deve estar achando que estou “projetando” minha característica na menina…
E que eu é quem não é mais “jovenzinha” pois faço aniversário agora…
Terapeuta:
_ É uma hipótese em que deve pensar e sentir com a justa atenção…
Cidade:
_ Seu colega fazia a mesma coisa! Ele é quem “projetava” em mim o que via em meus filhos!
Cito aqui, as palavras dele*:
“Assim, justamente por ser histérica, São Paulo é:
Depressiva, como um antigo sobrado pichado, numa rua desfigurada e quase inabitável, por ter-se tornado via de acesso a uma marginal. Maníaca, como a corrida de três peruas da Rota, das quais não se sabe se estão atrás de alguém ou apenas tentando se (e nos) convencer de que estão agindo. Narcisista, como a barulhenta parada de dois motoqueiros na frente do bar Filial (na Vila Madalena), só o tempo necessário para certificar-se de que suscitaram alguma inveja nos outros varões que estão tomando chope na calçada. Fóbica, como aquele motorista de táxi que, no fim dos anos 80, me disse que passava um pano com álcool no banco traseiro quando levava alguém para o Emílio Ribas. Ou como a lavagem cotidiana das calçadas das mansões. Paranóica, como o insufilme dos carros blindados e das guaritas de segurança ou como os cacos de vidro em cima dos muros ao redor das casas. Louca, como a aposta dos motoboys, que acreditam que os motoristas nunca mudarão de faixa. Esquizofrênica, como os fragmentos que, sem organizar-se numa história, desfilam na fala entrecortada dos moradores de rua mais agitados e perdidos. Obsessiva, como a vontade de saber que Deus existe (mas não nos escolheu) que transparece na obstinação dos jogadores de bingo, dos apostadores do Jockey e dos pilares das casas lotéricas. Psicopata, como o vizinho decidido a nos impor sua música, como o bando de jovens exultantes ao constatar o medo que inspiram, como o motorista que buzina para assustar e sustar os passantes, como o cara que tenta passar à frente na fila do cinema. Dissoluta (perversa, diriam os que entendem pouco de clínica), como os cantos escuros do Ibirapuera à noite ou como os cinemas do largo do Arouche”
(Trechos da crônica “São Paulo No Divã”, de Contardo Calligaris, para a Folha de São Paulo, em 2005)
Viu, só? Ele me confunde com meus filhos! E não foi nada lisonjeiro!
Terapeuta:
_ Na Terapia Holística não necessitamos rotular os Clientes, nem os classificar em padrões pré-determinados: cada qual é único… Contudo, o fato de ter te magoado tanto (a ponto de “decorar” a fala!) é significativo, indicando uma possível “negação” de algumas de suas facetas…
Cidade:
_ Era só o que me faltava! Vai dizer que meus filhos “herdaram” isso tudo comigo? Eu cuidei deles o melhor que pude! Aqueles ingratos! Sabe o que a maioria deles faz no MEU aniversário? Me deixam sozinha! S-O-Z-I-N-H-A! Saem todos de casa e vão visitar minhas irmãs!!! Vão todos para as casas das tias Rio, Salvador, Recife! Ingratos! Ingratos!
Terapeuta:
_ Deixe vir a emoção… Sem reprimir… A “catarse” pode ser um bom começo para lidarmos com estas questões…
Cidade:
_ Às vezes, emerge um ódio… Me dói saber que me deixam sozinha, bem no meu aniversário e ainda vão “puxar-o-saco” das tias! Faço bolo, festa, desfile, exposições, eventos artísticos e eles nem ligam!
Terapeuta:
_ Você já contou aos filhos como se sente?
Cidade:
_ Não quero dar o braço a torcer… E sempre tem aqueles filhos que ficam e aproveitam que boa parte dos irmãos não estão e aproveitam ao máximo! Ai, eu me distraio um pouco desta frustração e acabo até me divertindo! Ufa! Desabafei! Parece que me livrei de um “peso”!
Terapeuta:
_ Isso é bom! Claro, ainda há muito o que compreender e “digerir”… E ainda haverá ocasião de trazermos de volta à pauta, a hipótese das “projeções” de características entre mãe, filhos e terapeutas… Para o momento, vamos em mais uma atividade em Arteterapia!
Cidade:
_ Desta vez, vou pintar eu e meus queridos filhos!
Tela concebida pela Cliente “Cidade de São Paulo”, na sequência de sua segunda consulta…