Title: Egyptian Gioconda – Artist: Henrique Vieira Filho
Desde 2012 esta data é comemorada, lembrando que o bem-estar do povo deveria ser considerado como meta ainda maior do que a produção; algo como FIB – Felicidade Interna Bruta priorizada ante o PIB – Produto Interno Bruto.
O país Butão, versão real do Shangri-la e também localizado na região do Himalaia, adotou uma série de medidas focando este caminho bem intencionado, mas, como tudo que é imposto e de cima para baixo, nem todos ficaram felizes…
Ainda mais que, convenhamos, felicidade está mais para uma percepção individual, ainda que, de certo, o coletivo influencie.
A etimologia (estudo da origem das palavras…) nos dá ótimas pistas quanto à percepção de cada cultura. Do latim, o conceito é de quem gera frutos, de quem produz… Já a língua inglesa associa à boa sorte, em ser favorecido pelo divino (“happiness”).
Para a primeira, a felicidade é algo gerado de si e externado ao mundo, enquanto que para a outra, um favorecimento exterior é o motivo de ser feliz.
Pessoalmente, me identifico com a versão do I Ching, que é uma língua escrita em código binário (a mesma dos computadores…), considerada perdida (desconhecida a sua origem…) já faz mais de 2500 anos.
O Hexagrama (símbolo gráfico desta linguagem) correspondente à Felicidade chama-se “Tui”, que representa dois lagos interligados, ou seja, sua sede está suprida e com baixo risco de ser afetado pela seca. Soma-se a imagem serena da água calma, refletindo o observador (desde que não seja o Narciso…) tal qual espelho de corpo e mente.
Na versão do I Ching, o conceito está mais como uma situação individual, momentânea e serena, originada tanto do exterior, quanto interior, reflexos um do outro.
Por este prisma, a Felicidade pode ser como o sorriso de Mona Lisa: sutil, enigmático e, ainda assim, a almejada obra prima de toda uma vida…
Title: African Gioconda – Artist: Henrique Vieira Filho
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